terça-feira, 16 de agosto de 2011

Jovens que causaram violência na Inglaterra pelo Facebook pegam quatro anos de prisão

Para juiz, “distúrbios” de comportamento devem receber sentenças mais longas

londres, reino unido, prisão, violência, 700 525Stephanie Schaerer/Reuters
Policiais prendem nesta segunda-feira (15) jovem acusado de participar da onda de violência que atingiu a Inglaterra na semana passada

Um tribunal da cidade inglesa de Chester condenou nesta terça-feira (16) dois jovens, de 20 e 22 anos, a quatro anos de prisão por incitarem à violência na rede social Facebook durante os recentes distúrbios no Reino Unido.
Os dois jovens foram condenados por usar a rede social para incentivar outras pessoas a participarem dos atos de vandalismo, informou a emissora britânica BBC.
Na cidade de Manchester, três homens - de 18, 26 e 31 anos - foram considerados culpados por diversos roubos pelo Tribunal da Coroa, a corte mais elevada para casos criminais em primeira instância, que só se ocupa dos crimes mais graves. Um deles, de 26 anos, foi condenado a 18 meses de prisão por posse de bens roubados, após guardar no seu carro uma televisão de 37 polegadas que alguém havia roubado de um estabelecimento.
O jovem de 18 anos, que possui diversos antecedentes, admitiu ter roubado um supermercado da cadeia Sainsbury's e foi sentenciado a dois anos de internação em uma instituição para menores. Já o homem de 31 anos, que foi detido no centro de Manchester com uma bolsa que continha roupa e sapatos roubados estimados em 500 libras (R$ 1.310), foi condenado a um ano e quatro meses de prisão.
Os três casos foram transferidos para o Tribunal da Coroa, já que instâncias mais baixas não podiam impor sentenças de mais de seis meses, um período considerado curto por outros magistrados.
O juiz Andrew Gilbart disse hoje que "surtos" de comportamento criminoso como os últimos saques e distúrbios devem ser punidos com "sentenças mais longas" do que os que se cometem de maneira isolada.
Os distúrbios da semana passada terminaram com mais de 2.600 detidos, sendo 1.685 em Londres, 985 dos quais foram processados, segundo os últimos dados publicados nesta terça-feira pela Scotland Yard, a polícia metropolitana de Londres.

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